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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Internamento

Continuando a "aventura" da última mensagem, quando nos dirigimos, pela segunda vez, às urgências por causa da bronquiolite do Rafael, a médica falou na hipótese de ele ter de ficar internado... apesar de estar na dúvida se ele ia ficar ou não, pois ele esteve sempre muito bem disposto.

As enfermeiras recolheram uma amostra da expectoração para descobrir qual o agente infeccioso e confirmou-se o pior. "Era o VSR - Vírus Sincicial Respiratório" um dos mais resistentes, pelo que acabou mesmo por decidir pelo internamento.
Fomos apanhados de surpresa. Eu, por que nunca me tinha visto naquela situação, e a mãe por que começou a associar ao caso do outro menino que já lá estava internado há 4 dias.

"Quem vai ficar com ele?", foi a primeira questão com que nos deparámos. A mãe estava muito abatida e cansada e, mesmo que não estivesse, eu estava mais preparado para ficar, quanto mais não fosse, por ser enfermeiro.
Só havia uma coisa que eu não podia fazer na vez da mãe: amamentar. "Como é que vamos fazer? Eu não me importo de ficar, mas e se ele acorda a meio da noite com fome?".

Ele ainda bebia leite materno e, apesar de agora a quantidade disponível já ser menor, ainda era o que ele tomava melhor. Seguimos os dois com ele até ao serviço de Pediatria II (o outro, de Pediatria I, mais indicado pela sua tenra idade, não tinha vagas, devido aos inúmeros casos de bronquiolites), enquanto combinávamos o que fazer. Colocaram-nos num quarto onde já estavam outros 2 bebés, também infectados com bronquiolite (para que não houvesse contágios).

A noite já ia avançada e nenhum de nós tinha jantado, apenas comeramos umas bolachas. A mãe ainda o conseguiu amamentar antes de ir embora e, decidimos que, se ele acordasse com fome, dava-lhe um iogurte e/ou papa láctea. Foi o que aconteceu e ele não se queixou... pelo menos da comida, não.

Fui informado que ele teria de fazer nebulizações de 3/3 horas e eu temi o pior, pois ele não tolerou muito bem as nebulizações na urgência. Para espanto meu, ali no quarto, talvez por estar mais escuro e sossegado, ele portou-se lindamente, não chorou nem sequer esperneou!

Já para dormir foi outra conversa... Qualquer ruído, dos outros bebés ou dos seus pais, o fazia estremecer e desatar num choro assustado. Tive de lhe pegar inúmeras vezes, embalá-lo e acalmá-lo, mas assim que o colocava na cama, começava tudo de novo. Depois de comer lá acalmou um pouco.
Continuou a fazer picos febris durante a noite e o dia seguinte.

De manhã, a mãe apareceu assim que pode e deu-lhe o "pequeno-almoço" (leite materno).
Mantivemo-nos os 2 por lá, perto dele, para que estranhasse o menos possível. A respiração melhorou um pouco ao longo desse dia (sábado), mas como ainda fazia febre, a médica que o observou nessa manhã, decidiu que ele ficaria mais um dia internado, pelo menos até deixar de fazer febre. O que viria a suceder nesse noite, pelo que no domingo de manhã, como se mantinha apirético (sem febre), ficámos esperançados que lhe dessem alta.

Desta vez, após uma segunda noite a dormir num cadeirão, quando a mãe chegou, eu aproveitei para vir a casa, tomar um belo e revitalizante duche e dormir! Ao meio-dia acordo com o telemóvel. Era a Ana a dizer-me que a médica tinha ido ao quarto observar a bebé do lado e tinha ido embora sem observar Rafael... assim, não teria alta. Lá regressei ao hospital. Entretanto disse-lhe para falar com as enfermeiras, que por sua vez explicaram situação à médica, que ficou de lá voltar depois de almoçar.

Aguardámos (im)pacientemente e, apesar de apirético, a médica queria que ele continuasse a fazer as nebulizações. Como sou enfermeiro, ela considerou a hipótese de lhe dar a alta, mas somente se eu lhe fizesse as nebulizações. Ligámos a familiares e conseguimos arranjar o nebulizador! Assim já podíamos ir para casa!!
E assim fomos... os 3, mais aliviados por não termos de passar outra noite separados.

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