+
(M
ais) PAI pretende ser um espaço de reflexão, de partilha de experiências, de esclarecimento de dúvidas mas,
acima de tudo, um incentivo para que nós, PAIS, de todas as idades, raças e credos, sejamos cada vez
mais (+) Presentes, mais (+) Activos, mais (+) Informados, na educação dos nossos filhos.
Acompanhar de perto e intervir da melhor forma no desenvolvimento saudável dos nossos descendentes.
Protege-los quando necessário mas dar-lhes tempo e espaço para brincar e
sonhar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

9 Meses e 1 Dia - O dia DD!

Hoje foi o Dia DD para o nosso filho! O Dia em que primeiro Dente Decíduo "viu a luz do dia".
Começou a romper o primeiro dente de leite do Rafael!
Quem deu por ela foi o avô materno, enquanto brincava com o neto. Porém, foi a mamã que o viu pela primeira vez.

Com a erupção do primeiro dente, inicia-se mais uma fase, importantissima por sinal, para o bom desenvolvimento do nosso filhote. Ao contrário do que muitos pais possam pensar, a dentição decídua, temporária ou de leite, conforme lhe queiram chamar, é tão importante para um crescimento saudável, como qualquer outro orgão ou sistema do corpo.

Além da função óbvia que consiste na alimentação, esta dentição é também responsável pela correcta formação da face, bem como de manutenção do espaço para a dentição permanente.

Desta forma, é essencial uma boa higiene oral, desde o aparecimento do primeiro dente, por forma a prevenir cáries e outros problemas dentários.
Assim que se dá a erupção do primeiro dente, deve iniciar-se a escovagem do mesmo, seja com uma dedeira ou uma escova macia adequada para o efeito.

Nesta fase, não é necessário utilizar qualquer tipo de pasta dentífrica, apenas a limpeza dos dentes será suficiente. Mais tarde, quando for mais crescido, e já conseguir controlar a deglutição, já poderemos usar um pouco de pasta com menos flúor (apropriada para crianças), incentivando-o sempre a não engolir no final da escovagem.

Nas semanas que antecederam esta tão esperada chegada, o Rafael andou muito irritado e por vezes fez febre. São situações normais e que poderão estar (in)directamente ligadas à erupção dos dentes decíduos. Para aliviar o sofrimento dos pequenos, podem-se usar aneis de borracha, refrigerados de preferência, dedeiras para esfregar as gengivas, ou géis. Nós ficamo-nos pela primeira opção, se bem que ele depois resolve com o que tiver mais à mão para roer...

Agora é que se vão mesmo acabar as mamadas... se ele antes já conseguia magoar a mãe, imaginem agora... não é fácil ser mãe.

Se quiserem saber mais sobre saúde oral na infância, espreitem aqui.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

9 Meses.. Que corrida!

É verdade, o nosso rapaz completou hoje 9 meses de idade!
Que viagem emocionante tem sido. Cansativa também, mas sempre compensadora.

Ultimamente, além de andar adoentado com alguma frequência, também anda mais rabugento. O leite materno já começa a escassear e não há maneira de o convencer a beber leite de fórmula (adaptado).

Já tentámos todo o tipo de tetinas e biberões e, apesar de em mais novo ele até lhes pegar bem, agora nem os quer ver. Podemos manter a tetina dentro da boca dele durante meia hora, que ele mantém a boca aberta, a chorar, durante o mesmo tempo.

Também já experimentámos dar-lhe o leite por um copo, mas engasga-se muito. Só vai lá à colher, mas nem sempre. Claro que o sabor do leite de lata em nada se compara ao da mãe, mas ele precisa de beber leite. Por isso temos insistido em que ele o beba.

Quanto ao comer, cada vez quer mais e mais. Só descansa quando fica com o pipo (mais que) atestado...

O lado positivo é que depois de jantar, pelas 21h30, adormece pelas 22h-22h30 e tem dormido a noite toda! Pelo menos assim dormimos os 3 melhor.

Habilidades que já sabe fazer: jogar às escondidas (tapamos-lhe a cara com um pano e perguntamos onde está o Rafael, e ele destapa a cara e ri-se!), abanar o capacete (poê-se de pé no nosso colo e agita cabeça e tronco para um lado e para o outro, como se estivesse num concerto, e ri-se), apesar de ainda não gatinhar, quando o colocamos de barriga para baixo, farta-se de rebolar e, num ápice, vira a cabeça para os pés e os pés para a cabeça...

A voz está cada vez mais "grossa"... manda cá um vozeirão, que até os vizinhos já comentam, eh eh. Está (quase) um homem feito!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Internamento

Continuando a "aventura" da última mensagem, quando nos dirigimos, pela segunda vez, às urgências por causa da bronquiolite do Rafael, a médica falou na hipótese de ele ter de ficar internado... apesar de estar na dúvida se ele ia ficar ou não, pois ele esteve sempre muito bem disposto.

As enfermeiras recolheram uma amostra da expectoração para descobrir qual o agente infeccioso e confirmou-se o pior. "Era o VSR - Vírus Sincicial Respiratório" um dos mais resistentes, pelo que acabou mesmo por decidir pelo internamento.
Fomos apanhados de surpresa. Eu, por que nunca me tinha visto naquela situação, e a mãe por que começou a associar ao caso do outro menino que já lá estava internado há 4 dias.

"Quem vai ficar com ele?", foi a primeira questão com que nos deparámos. A mãe estava muito abatida e cansada e, mesmo que não estivesse, eu estava mais preparado para ficar, quanto mais não fosse, por ser enfermeiro.
Só havia uma coisa que eu não podia fazer na vez da mãe: amamentar. "Como é que vamos fazer? Eu não me importo de ficar, mas e se ele acorda a meio da noite com fome?".

Ele ainda bebia leite materno e, apesar de agora a quantidade disponível já ser menor, ainda era o que ele tomava melhor. Seguimos os dois com ele até ao serviço de Pediatria II (o outro, de Pediatria I, mais indicado pela sua tenra idade, não tinha vagas, devido aos inúmeros casos de bronquiolites), enquanto combinávamos o que fazer. Colocaram-nos num quarto onde já estavam outros 2 bebés, também infectados com bronquiolite (para que não houvesse contágios).

A noite já ia avançada e nenhum de nós tinha jantado, apenas comeramos umas bolachas. A mãe ainda o conseguiu amamentar antes de ir embora e, decidimos que, se ele acordasse com fome, dava-lhe um iogurte e/ou papa láctea. Foi o que aconteceu e ele não se queixou... pelo menos da comida, não.

Fui informado que ele teria de fazer nebulizações de 3/3 horas e eu temi o pior, pois ele não tolerou muito bem as nebulizações na urgência. Para espanto meu, ali no quarto, talvez por estar mais escuro e sossegado, ele portou-se lindamente, não chorou nem sequer esperneou!

Já para dormir foi outra conversa... Qualquer ruído, dos outros bebés ou dos seus pais, o fazia estremecer e desatar num choro assustado. Tive de lhe pegar inúmeras vezes, embalá-lo e acalmá-lo, mas assim que o colocava na cama, começava tudo de novo. Depois de comer lá acalmou um pouco.
Continuou a fazer picos febris durante a noite e o dia seguinte.

De manhã, a mãe apareceu assim que pode e deu-lhe o "pequeno-almoço" (leite materno).
Mantivemo-nos os 2 por lá, perto dele, para que estranhasse o menos possível. A respiração melhorou um pouco ao longo desse dia (sábado), mas como ainda fazia febre, a médica que o observou nessa manhã, decidiu que ele ficaria mais um dia internado, pelo menos até deixar de fazer febre. O que viria a suceder nesse noite, pelo que no domingo de manhã, como se mantinha apirético (sem febre), ficámos esperançados que lhe dessem alta.

Desta vez, após uma segunda noite a dormir num cadeirão, quando a mãe chegou, eu aproveitei para vir a casa, tomar um belo e revitalizante duche e dormir! Ao meio-dia acordo com o telemóvel. Era a Ana a dizer-me que a médica tinha ido ao quarto observar a bebé do lado e tinha ido embora sem observar Rafael... assim, não teria alta. Lá regressei ao hospital. Entretanto disse-lhe para falar com as enfermeiras, que por sua vez explicaram situação à médica, que ficou de lá voltar depois de almoçar.

Aguardámos (im)pacientemente e, apesar de apirético, a médica queria que ele continuasse a fazer as nebulizações. Como sou enfermeiro, ela considerou a hipótese de lhe dar a alta, mas somente se eu lhe fizesse as nebulizações. Ligámos a familiares e conseguimos arranjar o nebulizador! Assim já podíamos ir para casa!!
E assim fomos... os 3, mais aliviados por não termos de passar outra noite separados.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

+ 2 meses se passaram

O tempo voou, desde o último texto que coloquei aqui.
Muita coisa aconteceu, felizmente, quase todas foram boas.


Lamento não ter cá vindo antes mas, apesar de me lembrar, o cansaço acabava por se apoderar de mim no final de cada dia.


Entretanto o rapaz cresceu, continua a comer muito bem tudo o que lhe damos: sopa de carne, sopa de peixe, papa, iogurtes, fruta... enfim, desde que as colheradas venham umas atrás das outras, não há problema.

Por outro lado, já deu noites melhores.

Desde o final de 2009 que ele andava com tosse e acordava muitas vezes durante a noite. Havia alturas em que tinha mais expectoração, mais espessa e de cor verde, e outras em que a mesma quase desaparecia.


Durante as férias de Natal e até aos "reis", ficou em casa com os pais, ficando ausente do infantário umas 3 semanas, sensivelmente. No seu regresso "às aulas" começou a ficar de novo mais adoentado, alguns picos febris à noite, mas reagia bem aos anti-piréticos.
A tosse e expectoração continuaram a não dar descanso, tanto ao Rafa como aos pais, obrigando a várias "limpezas" nasais, de dia e de noite.

No final do mês, mais precisamente no dia 26 de Janeiro, quando a mãe o trouxe do infantário, achou-o muito prostrado e contou-me que um dos meninos do berçário tinha sido internado no dia anterior com Bronquiolite.
Começamos a vigiar a temperatura do nosso petiz e... ao início da noite já estava febril.
No dia seguinte fui com ele à médica de família que, ao auscultá-lo, confirmou que tinha bronquiolite, mas muito inicial. Medicou-o e passou-me atestado para ficar a cuidar dele em casa.

No dia seguinte a respiração piorou. Ouviam-se uns "miados", uma pieira, que era cada vez mais frequente e ruidosa. Fomos à urgência pediátrica do hospital de Aveiro. Greve dos Enfermeiros (já sabia): "Não há triagem", pelo que fomos atendidos por ordem de chegada.

A pediatra que o observou comfirmou diagnóstico e, apesar de ainda não apresentar grandes dificuldades respiratórias, prescreveu-lhe uma nebulização, ao fim da qual podíamos ir para casa, e manter a medicação anterior.

Ele melhorou um pouco mas, no final do dia 29, sexta-feira, quando fomos de novo às urgências... o caso mudou de figura...